Consumo de cigarro cai; alternativos de tabaco crescem

A utilização de formas combustíveis de tabaco que não sejam cigarros, tais como charutos e cachimbos de água, dobraram do equivalente a 15,2 bilhões de cigarros em 2000 para o equivalente de 33,8 bilhões de cigarros em 2011. Também cresce o uso dos cigarros eletrônicos.
O problema, segundo Michael Ong, pesquisador da Universidade da Califórnia, em Los Angeles, e autor de um estudo sobre parar de fumar, é que as evidências não sugerem que as pessoas que usam produtos alternativos de tabaco são mais propensas a parar de fumar.
Confirmando a dificuldade das pessoas na batalha em busca do fim do tabagismo, um outro estudo, publicado na “JAMA Internal Medicine”, constatou que os médicos simplesmente pedirem para os pacientes pararem de fumar e aconselhá-los sobre os riscos de câncer de pulmão não são motivação suficiente para os pacientes realmente pararem de fumar.
Os pesquisadores acompanharam mais de 3 mil fumantes por um ano após exames de câncer de pulmão para ver se o apoio que receberam dos clínicos poderia influenciar suas chances de parar de fumar. 

Os fumantes que receberam assistência, tais como encaminhamentos para aconselhamento ou prescrições de medicamentos de cessação do tabagismo, eram 40% mais propensos a parar de fumar, enquanto aqueles que receberam acompanhamento para monitorar seu progresso eram 46% mais propensos a parar de fumar do que os que apenas foram aconselhados pelos médicos.
“Os fumantes enfrentam barreiras físicas, ambientais e sociais para parar”, explica Elyse Park, pesquisadora do Hospital Geral de Massachusetts, em Boston. 

“Os prestadores de cuidados de saúde primários podem ajudar os fumantes, especialmente os fumantes com histórico de tabagismo pesado, a reforçar a sua confiança e ter apoio de aconselhamento e medicação que podem ajudá-los a melhorar suas chances de parar de fumar com sucesso”.

Fonte: Universidade da Califórnia, Los Angeles.