O cigarro pode provocar mudanças no ciclo reprodutivo, alterações hormonais e diminuição no sucesso em tratamento de reprodução assistida.
Mulheres que fumam mais de 20 cigarros diários tem quase quatro vezes mais chances de terem uma gravidez ectópica, que ocorre fora da cavidade uterina.
Nos homens, o fumo pode reduzir a densidade, mobilidade e morfologia dos espermatozoides, e alterar os sistemas de defesa dos gametas contra a oxidação.
A informação é da Sociedade Brasileira de Reprodução Humana (SBRH).
A diretora do Instituto Valenciano de Infertilidade em São Paulo, Silvana Chedid, médica e especialista em reprodução humana, diz que poucos dias de tabagismo provocam mutações em óvulos e espermatozoides.
No caso da mulher, basta um mês de cigarro para que haja possíveis efeitos sobre o ciclo.
Nos homens, esse tempo sobe para três meses, já que a produção de espermatozoides é mais lenta.
Segundo Silvana, estudos mostram que um casal de fumantes que queira engravidar tem de cinco a dez vezes mais chances de ter problemas de infertilidade.
Já a combinação entre tabaco, cafeína e obesidade é ainda mais prejudicial e pode diminuir em 30% a probabilidade de se ter um filho.