As análises genéticas de 1,2 mil mexicanos de 40 famílias confirmaram que a exposição ao cigarro altera bastante os genes de forma negativa, incluindo aqueles associados ao crescimento de tumores, a doenças inflamatórias e à supressão do sistema imunológico.
Na pesquisa - o maior estudo deste tipo já realizado -, os cientistas identificaram 323 genes que são significativamente alterados pelo cigarro.
"O que mostramos aqui é que o hábito de fumar altera o organismo no nível do DNA”, ressaltou a pesquisadora Jac. Charlesworth, do Instituto de Pesquisas Menzies, na Austrália.
Em artigo publicado na última edição do periódico BMC Medical Genomics, os especialistas destacam que identificar os mecanismos genéticos influenciados pelo tabagismo pode ajudar os pesquisadores que estudam o impacto do cigarro em diferentes órgãos.
“Sabemos que os riscos de muitas doenças relacionadas ao cigarro declinam quando as pessoas param de fumar, mas não sabemos se as mudanças na expressão dos genes voltam, gradualmente, ao normal, ou se alguns são permanentemente alterados”, concluiu a cientista