A relação entre inteligência e tabagismo

A pesquisa, liderada por Mark Weiser, usou dados de jovens entre 18 e 21 anos que haviam se alistado no exército – e que passaram por testes de inteligência padrões do exército – relacionando as variações da média de QI ao hábito tabagista, relação que se demonstrou bastante acurada, dizem os pesquisadores.
A média dos não fumantes foi de aproximadamente 101 pontos de QI, enquanto os fumantes ficavam na média de 94 pontos. Os menores índices foram daqueles indivíduos que afirmavam fumar mais que um maço de cigarros por dia: 90 pontos de QI.
“Os profissionais de saúde, de uma forma geral, relacionam o hábito de tabagismo a pessoas de baixo nível socioeconômico e com menor escolaridade. Mas nosso estudo mostrou que esses fatores são simplesmente indeterminantes”, afirma Weiser.
No estudo de Weiser houve também análises de casos raros, como gêmeos. Mesmo entre irmãos, aqueles que fumavam tinham menor média de QI. Além disso, os dados sugerem que a predisposição genética para o vício não influenciou na queda das médias da inteligência, ou seja, poderia ser algo relacionado ao desenvolvimento do hábito tabagista e que desencadaria algum outro processo.
Outro fato interessante de se observar foi que os fumantes, na grande maioria, indicavam estar em boa saúde. Mas após o tempo de serviço militar isso pareceu se degradar.
“Pessoas com menor QI podem fazer escolhas errôneas de como tratar a própria saúde. Esses indivíduos não são somente um alvo fácil para o hábito do tabagismo, mas podem também desenvolver obesidade, ter déficits nutricionais e se envolver com outros tipos de drogas. Nossos resultados podem servir para que pais e profissionais médicos tenham mais provas para convencer esses jovens a se afastarem do tabagismo, pois isso poderá levar à melhora na saúde desses indivíduos, em todos os níveis”, diz Weiser.
Com informações da Tel Aviv University