Fundação do Câncer desaconselha uso do cigarro eletrônico

A Fundação do Câncer desaconselha o uso do cigarro eletrônico, já que este acarreta prejuízos à saúde do usuário e de quem está a sua volta. Além da nicotina, que causa dependência química, o dispositivo possui substâncias alergênicas, explosivas, teratogênicas (responsáveis por malformações no desenvolvimento embrionário ou fetal) e cancerígenas."Temos observado uma intensa atuação dos fabricantes do cigarro eletrônico com o intuito de tornar seu consumo socialmente aceito e desejável pelos consumidores brasileiros. A indústria tem disseminado a ideia de que o cigarro eletrônico é uma alternativa que pode ser usada sem causar prejuízo à saúde das pessoas, e em alguns países, tem sido recomendado no tratamento daqueles que querem deixar de fumar. No entanto, a Organização Mundial da Saúde (OMS) recomenda que os fumantes devem primeiro ser encorajados a deixar de fumar usando uma combinação de tratamentos já aprovados", afirma Cristina Perez, consultora técnica da área de Promoção da Saúde da Fundação do Câncer.
Desde 2009 a comercialização e a importação do cigarro eletrônico são proibidas pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) no Brasil. Como a OMS ainda não tem um posicionamento definitivo sobre os malefícios do cigarro eletrônico, a recomendação é que se evite o consumo enquanto os estudos não forem conclusivos. O importante para quem tenta parar de fumar é procurar ajuda de um profissional de saúde.