Venenos do cigarro

Ao fumar, o indivíduo introduz no organismo mais de 4.720 substâncias tóxicas, a maior parte delas resultantes da combustão do tabaco, como os radicais livres e cancerígenas.

A fumaça produzida pelo ato de fumar é o resultado da combustão da matéria orgânica existente nos produtos derivados do tabaco e depende das características das folhas, além da quantidade dos aditivos químicos que lhes são acrescentado durante o processo de cultivo, armazenagem e industrialização, bem como do aporte de oxigênio e do grau da temperatura existente na ponta dos seus derivados, principalmente na ponta do cigarro.

Quando aceso, a temperatura na ponta do cigarro varia de 835ºC a 884ºC, quando ocorre combustão completa, pois há oxigênio suficiente para o processo da combustão.

No entanto, à medida que o ar se afasta da ponta acesa do cigarro, vai diminuindo o oxigênio e a combustão se faz de maneira incompleta, produzindo elementos menos oxidados, bem diferentes dos que surgem pela combustão completa.

Duas fases diferentes compõem a fumaça do tabaco: uma fase de vapor, onde se encontram os produtos mais voláteis e uma outra fase de aerossol, onde se encontra o material particulado, também conhecido como condensado e algumas substâncias voláteis dissolvidas. Portanto, os componentes do tabaco encontram-se em forma de partícula ou condensado e de gases.


A fase particulada, corresponde a 95% do fumo, é também conhecida como condensado, incluindo a nicotina –alcalóide existente na folha do tabaco, líquido, incolor e com odor semelhante ao da piridina e o alcatrão – mistura de diversos componentes, líquida, negra, viscosa, semelhante a obtida na destilação de várias outras substâncias orgânicas.

Na constituição do cigarro há 22 hidrocarbonetos voláteis, isto é, que se reduzem a gás. Entre eles, o pirilbenzeno ou benzopireno que é um dos vilões no surgimento dos diversos cânceres do tabagista.